quarta-feira, maio 28, 2008

Mudança de clima e aquecimento global (II)

Anteriormente falamos que o aquecimento global é irreversível e que estudos científicos vêm comprovando que a ação humana é a responsável em impor um ritmo acelerado de degradação ao meio ambiente, desproporcional a reposição natural dos ecossistemas, haja vista que os recursos naturais, diferentemente como se pensava no passado, tendem a se esgotar em tempo menor e mais rápido do que se for usado de forma sustentável. Conclamamos todos a se envolverem, de acordo com a capacidade, importância, vontade e consciência, que cada um possa refletir, integrando a legião de defensores do meio ambiente, mesmo porque é dever defendê-lo para sua preservação às presentes e futuras gerações, difundindo os alertas que vêm sendo apregoados há vários anos. Organizações ambientalistas têm difundido alguns alertas nesse sentido, dos quais, selecionamos alguns. São recomendações decorrentes de estudos motivados pela preocupação com o nosso planeta e que ganharam maior destaque com o lançamento do filme “Uma Verdade Inconveniente”, vencedor do Oscar na categoria documentário, protagonizado por Al Gore, ex-presidente dos Estados Unidos da América, durante os dois mandatos de Bill Clinton. Os Estados Unidos não assinaram o famoso Protocolo de Kioto, resultante da Convenção das Nações Unidas realizada em 1997, para discutir a responsabilidade dos paises pela emissão de poluentes no ar e suas conseqüências sobre o clima global e no filme Al Gore, que em 1994 foi quem entregou a Taça Fifa aos jogadores da seleção brasileira, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2007, ante seu “esforço na acumulação e disseminação de um maior conhecimento sobre a influência humana nas mudanças climáticas, e pelo lançamento das bases necessárias para combater essas mudanças”, se dirige ao povo americano, abordando a influência do ser humano no clima do planeta, alertando ao público (alguns críticos ressaltam que o filme tem grande valor apelativo) sobre os problemas pelos quais a Terra passa, ressaltando a não assinatura dos Estados Unidos ao Protocolo de Kyoto, fazendo com que a população americana saiba o porquê da importância do tratado e, conseqüentemente, e pressione seu governo a fazê-lo. Fala de várias regiões, mas não faz destaque a América do Sul, onde está situada a Amazônia. Eis então algumas recomendações, que vêm sendo difundidas para ajudar a reduzir o aquecimento global: Trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes, pois, estas gastam 60% menos energia, havendo então menor emissão de dióxido de carbono; Dirigir o mínimo possível – assim, haverá menos emissão de dióxido de carbono por cada 3,5 km percorrido e quanto aos pneus – mantê-los calibrados pode diminuir em mais de 3% o consumo de gasolina/álcool, havendo assim, menor emissão de dióxido de carbono na atmosfera; Limpar ou trocar os filtros do ar condicionado – sujo representa maior emissão de gás carbônico na atmosfera; Não deixar os aparelhos elétricos em standby – sendo recomendável desligá-los ou tirá-los da tomada quando não estiverem sendo usados, já que em standby consome cerca de 15% a 40% da energia consumida quando em uso; Mudar a geladeira ou freezer de lugar – quando próximos ao fogão eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura e não colocar roupas e tênis para secar atrás deles; Tampar as panelas enquanto cozinha – ao fazer isto é aproveitado o calor que simplesmente se perderia no ar, usando de preferência as panelas de pressão que economizam cerca de 70% do gás utilizado; Tomar banho de chuveiro – de preferência, rápido, pois, um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro; Pendure ao invés de usar a secadora – para haver menor emissão de gás carbônico; Reduza o uso de embalagens – a embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais, preferindo embalagens maiores, de preferência com refil, evitando ao máximo comprar água em garrafinhas, levando-a de casa. E, finalmente, plante uma árvore, pois, uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas ecológicos de plantio de mudas. E assim você estará dando uma valiosa contribuição.

quinta-feira, maio 22, 2008

Talento assusta

Achei este texto interessantíssimo! Seu autor seria JOSÉ ALBERTO GUEIROS, publicado em 23/9/1979, no extinto JORNAL DA BAHIA).


Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.

O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:
- Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa.Isso é imperdoável!
Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco.
Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos.
O talento assusta!

Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa carreira difícil.Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil.

Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:
“Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência”.

A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência.

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições.

Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder.
Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do “Elogio da Loucura”, de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precise fingir de burra se quiser vencer na vida.
É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.
Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas…
Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.
É um paradoxo angustiante! Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.
Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues:
"Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra“.

O problema é que os inteligentes gostam de brilhar!
Que Deus os proteja, então, dos medíocres!…

quinta-feira, maio 15, 2008

Mudança de clima e aquecimento global (I)


Um dos assuntos em evidência nos encontros, congressos e demais eventos relacionados ao meio ambiente é a mudança de clima e o aquecimento global. Centenas, para não dizer milhares, de artigos são escritos a respeito do assunto. Assim, este passa a integrar esse imenso rol, fazendo coro ao alerta à humanidade. E seu conteúdo apesar de ser do desconhecimento de milhares, para não dizer milhões, de pessoas, não é nenhuma novidade, mas tão somente mais uma contribuição, repetindo o que vem sendo dito, através da palavra escrita, nem sempre ao alcance de todos, para que cada um, de acordo com sua capacidade, importância, vontade e consciência, possa refletir e se associar a legião de defensores do meio ambiente, mesmo porque é dever defendê-lo para sua preservação às presentes e futuras gerações, difundindo tais alertas que vêm sendo apregoados há vários anos, confirmando uma advertência apresentada ao mundo há 16 anos em nosso País, durante o encontro intergovernamental denominado RIO-92, quando e onde surgiu a famosa Agenda 21, com recomendações voltadas ao então presente e ao futuro século 21, no qual estamos vivendo atualmente. A partir daquele evento foram intensificados estudos sobre o processo de aquecimento global e sobre outras formas de degradação ambiental decorrente de um modelo de desenvolvimento predatório e insustentável. Centenas de especialistas dos diversos países signatários das recomendações geradas naquele encontro internacional, após anos de estudos vêm comprovando cientificamente que a ação humana é a responsável em impor um ritmo acelerado de degradação do meio ambiente, desproporcional a reposição natural dos ecossistemas, haja vista que os recursos naturais, diferentemente como se pensava no passado, tendem a se esgotar em tempo menor e mais rápido do que se for usado de forma sustentável. A arborização próxima a edifícios, conforme comprovação científica, reduz em 6˚C a temperatura no verão, o que representa menos gasto com ar condicionado e diminuirá a concentração de CO² na atmosfera. A necessidade de sobrevivência precisa mudar a cara das cidades e os hábitos dos cidadãos. Para sobreviver vamos precisar fazer muito mais do que separar o lixo e fechar a torneira enquanto escovamos os dentes. O tema fez parte da pauta da III Conferência Nacional de Meio Ambiente realizada em Brasília, no período de 7 a 11 do corrente. Antecedendo a este evento nacional o Estado do Pará realizou sua III Conferência Estadual, mobilizando 25 mil pessoas em 134 municípios nas conferências municipais que debateram o tema ambiental, e, com isso realizou a maior conferência estadual de meio ambiente dentre os demais Estados brasileiros, elegendo 1.350 delegados que se reuniram durante três dias em Belém, no Hangar de Convenções. Esse número expressivo impõe grande responsabilidade em apresentar um maior resultado de atuação a partir de então, na difusão das diretrizes geradas nesses encontros regionalizados. É de suma responsabilidade de não deixar que tais diretrizes fiquem apenas no papel e na vontade, mas que atinjam verdadeira efetividade. As mudanças climáticas já vêm se fazendo sentir com sinais nos distantes pólos e nas geleiras das montanhas. São percebidas a cada dia, como o aumento da temperatura, das chuvas torrenciais, das secas e das grandes tempestades. Segundo os cientistas, as noites ficam mais quentes porque normalmente o calor do Sol absorvido pela superfície da Terra durante o dia é devolvido para o espaço à noite. A intensificação do efeito estufa limita a liberação do calor, que fica retido nas camadas mais baixas da atmosfera, chamando isso de diminuição da amplitude térmica, isto é, da variação da temperatura durante o dia. Ou seja, faz calor de dia e não há muito alívio à noite. Segundo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, divulgando recentemente em Paris, revelou que o aquecimento global é irreversível e muito provavelmente provocado pelas atividades humanas. No próximo artigo serão apresentadas algumas recomendações ao alcance de todos, a serem postas em prática no dia-a-dia para contribuir na defesa do planeta Terra.

quarta-feira, maio 07, 2008

Conferindo consciência ambiental e ética

Ao concluir um de meus trabalhos acadêmicos sobre educação ambiental, apresentei uma série de sugestões, dentre as quais, a divulgação de textos resumidos da Agenda 21 e elaboração e difusão de sua versão local, conforme recomendação da própria agenda de que “cada autoridade local deve iniciar um diálogo com seus cidadãos, organizações locais empresas privadas e aprovar a sua versão local”. Já me manifestei neste espaço sobre a Agenda 21, elaborada durante o encontro intergovernamental de 1992, no Brasil, a chamada Rio-92 que, segundo Imme Scholz (diretora do Instituto Alemão de Política do Desenvolvimento) é uma coleção de idéias, conceitos e princípios norteadores que visam demonstrar o que cada segmento social pode fazer em prol de um desenvolvimento econômico e social que seja compatível com a proteção das bases naturais da vida no âmbito local, bem como nos âmbitos nacional e internacional. Portanto, é de vital importância sua difusão ao máximo, para que cada pessoa interessada em colaborar nessa tarefa conte com o conhecimento já acumulado a esse respeito. Em um de seus 40 capítulos a Agenda 21 trata da promoção do ensino e da conscientização, estabelecendo as duas espécies de educação ambiental: a formal e a não-formal, indispensáveis para modificar a atitude das pessoas, propiciando a estas a capacidade de avaliar os problemas do desenvolvimento sustentável e abordá-los. O ensino é também fundamental para conferir consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos em consonância com o desenvolvimento sustentável e que favoreçam a participação pública efetiva nas tomadas de decisão. Para ser eficaz, o ensino sobre o meio ambiente e desenvolvimento deve abordar a dinâmica do desenvolvimento do meio físico/biológico e do sócio-econômico e do desenvolvimento humano (que pode incluir o espiritual), deve integrar-se em todas as disciplinas (daí seu caráter inter, trans e multidisciplinar) e empregar métodos formais e informais e meios efetivos de comunicação. Vários são os objetivos propostos para tratar da educação ambiental, feitos de forma extensa, envolvendo cada país signatário, seus governos e todos os setores da sociedade, desde as universidades e demais instituições de ensino, a indústria, sindicatos, as associações profissionais, professores, administradores, planejadores educacionais, as populações indígenas, assim para educadores informais de todos os setores, considerando o caráter e os métodos de ensino sobre meio ambiente e desenvolvimento e utilizando a experiência pertinente das organizações não-governamentais. Todo esse envolvimento da sociedade se resume em formar a consciência pública, sensibilizar as pessoas, fomentar o senso de responsabilidade pessoal em relação ao meio ambiente e uma maior motivação e dedicação em relação ao desenvolvimento sustentável, com a maior brevidade possível, lutando para facilitar o acesso à educação sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, vinculada à educação social desde a idade escolar primária até a idade adulta em todos os grupos da população, promovendo a integração de conceitos de ambiente e desenvolvimento, em todos os programas de ensino, em particular a análise das causas dos principais problemas ambientais e de desenvolvimento em um contexto local, recorrendo para isso às melhores provas científicas disponíveis e a outras fontes apropriadas de conhecimentos, e dando especial atenção ao aperfeiçoamento do treinamento dos responsáveis por decisões em todos os níveis. As autoridades educacionais devem promover métodos educacionais de valor demonstrado e o desenvolvimento de métodos pedagógicos inovadores para sua aplicação prática. E as escolas devem estimular a participação dos alunos nos estudos locais e regionais sobre saúde ambiental, inclusive água potável, saneamento, alimentação e os ecossistemas e nas atividades pertinentes.
(Publicado no jornal FOLHA DO POVO, edição de 09/5/2008, Belém-PA)

Salmo 133 - A excelência do amor fraternal - 08/05/2020

Lá pelo ano de 2000 eu fiz uma melodia para o Salmo 133, um salmo que eu já lera muito e que me levou a dar o nome HERMOM ao meu primeiro fi...