segunda-feira, novembro 01, 2010



Tchau tchau amor


Acabou a possibilidade de continuísmo de um governo desastrado.

Ana Júlia como se sabe, em 2007 caiu de paraquedas na cadeira número um do Executivo paraense, mais por incompetência do partido do governo que a antecedeu e que agora a sucederá a partir do primeiro dia do ano vindouro.

Já era tempo, vou dormir esperançoso que a mudança possa trazer ao povo novas possibilidades de melhor prestação do serviço público.

Foram quatro anos de desmando de "cumpanhêros" amadores naquilo para o qual foram investidos.

Ex-marido, ex-cunhado, namorado, cabeleireira, manicure, parentes, amigos e cumpanhêros sem a mínima capacidade de gestão foram a tônica desse (des)governo que não deixa saudade, pelo menos para mim.

Ana Júlia ao receber um mandato de graça, como se diz coloquialmente, se tivesse um mínimo de inteligência para prosseguir em sua vida política, teria que romper com o modelo nepótico que predominou em sua decadente gestão.

Foi uma chance que provavelmente nunca mais terá, passando à História como a primeira mulher a governar o Estado, mas que não conseguiu se reeleger, apesar de ter à disposição toda a máquina do Estado e ajuda da União, através do presidente que lutou para eleger não só a sua candidata sucessora, como eleger e reeleger todos de seu partido.

Já vai tarde.
E na reorganização do partido, na avaliação de seu desempenho enquanto candidata, membro da facção minoritária, Ana Júlia será alijada, passando 4 anos sem mandato, a não ser que queira participar da próxima eleição municipal. Será que ela vai começar do começo, como vereadora?

Mas, isso também vai depender de seus cumpanhêros de legenda.

E se perder? Afunda mais ainda.

Restará, a tentativa de voltar ao parlamento, ou quem sabe nesse tempo ocupar a pasta de algum ministério de pouca relevância, como o que foi ocupado recentemente por um paraense do partido lulista.

Ou quem sabe um autarquia como o Ibama, que foi dirigido regionalmente por seu ex-marido?

Mas tudo isso será infinitamente menor do que a chefia de um governo do qual usou e abusou, nomeando centenas de assessores.
Com certeza vai lamentar por um tempo, transferindo a culpa do insucesso a seus áulicos.

Thau thau amor é o título de um brega que empresto a este texto, tocado muito por estas plagas.
Mas, parece mais adequado os versos de Torquato Neto:

"Adeus, vou pra não voltar ...", a partir de meia-noite do último dia do ano.


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